sexta-feira, 24 de junho de 2011

Hora da locomotiva beber água - 1

A necessidade de abastecimento a intervalos mais ou menos regulares (variando conforme o esforço exigido por cada trecho), a disponibilidade de fontes de água e sua qualidade (para amenizar a corrosão das tubulações) determinaram a construção de inúmeras estações, e muitas vezes a sua localização, mesmo em locais que não apresentavam outro motivo, fosse econômico, social ou político.

Foi o caso da estação de Pureza, tão bem resumida por José Lins do Rego:
Ia ver a passagem do trem das nove e do trem das duas. O grande silêncio de Pureza se quebrava naqueles quinze minutos da parada dos horários. A máquina tomava água no depósito, a água doce do rio que corria por cima das pedras.
E fora só por isso que haviam se lembrado daquele lugar para uma estação. Fora a água azul de Pureza que vencera os engenheiros da estrada de ferro.
E o fim do vapor também podia decretar o fim de uma estação, como observava de passagem Délio Moreira de Araújo em sua tese de doutoramento (1970), ao comparar os horários (e velocidades) da Leopoldina entre 1955 e 1968:
Bongaba era uma parada obrigatória para abastecimento de água às locomotivas a vapor. Os trens não param mais em Bongaba, devido ao desaparecimento desse tipo de tração no trecho. A supressão dessa parada pesou substancialmente na redução do tempo de viagem dos trens NL-1 e PL-1.
Retomando um desafio proposto nas listas de discussão por Luiz Souza, há exatos 5 anos, e partindo inicialmente das respostas recebidas na época, o Centro-Oeste tem agora uma nova seção.

Caixas d'água: ferrovias e ferreomodelismo

Nestas primeiras 29 páginas, são abordadas duas "receitas" bastante fáceis para modelar caixas d'água metálicas de formato retangular, de autoria de Henrique Nelson (AMF) e David Zaidan Neto (ABPF-RJ); os kits de três fabricantes de ferreomodelismo que melhor representam o estilo inglês mais comum nas ferrovias brasileiras (Wills, Hornby, Airfix); e imagens de antigas caixas d'água de 24 estações ferroviárias brasileiras de norte a sul (inclusive algumas de formato redondo, ou em concreto).:

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